segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Formaçao do Espaço Natural:Placas Tectonicas e Estrutura Geológica

O espaço geográfico é o espaço construído e transformado pelo Homem. Mas basicamente é onde vivemos e o espaço das sociedades ou a dimensão espacial do social.

Existem diversas teorias, mas a mais aceita sobre a origem do universo é a do Big Bang, no qual, antes de tudo o que está aí, constelações de estrelas, planetas, cometas, satélites, etc. havia um ponto concentrando toda a matéria existente, e por isso mesmo com uma densidade altíssima. Em um momento qualquer houve uma grande explosão, fazendo com que a matéria existente neste ponto se espalhasse e se misturasse, formando todas as coisas existentes e com movimento de expansão em todo o universo, que emergiu de um estado extremamente denso e quente há cerca de 13,7 bilhões de anos.

A partir do resfriamento superficial do magma, que consolidou as primeiras rochas, por isso chamadas magmáticas. A cristalização dos minerais e as transformações da estrutura molecular das rochas deram origem a estruturas geológicas compostas de rochas magmáticas, nas quais denominamos escudos cristalinos formando então a litosfera.

A origem da terra data de 4,6 bilhões de anos atrás. Diz-se que após ser lançada do núcleo cósmico, começa o processo de formação. A Terra era formada por materiais líquidos ou pastosos, e devido à ação da gravidade os objetos muito densos foram sendo empurrado para o interior do planeta o processo é conhecido como diferenciação planetária, enquanto que materiais menos densos foram trazidos para a superfície.
A origem dos continentes se deu com a fragmentação das terras imersas, de um bloco único a Pangéria Há duas teorias sobre esse fato: A teoria da derivados continentes segundo Wegener teria existido uma única grande massa continental, a Pangéia. A principal evidência dessa teoria era a possibilidade de encaixe perfeito entre a costa ocidental da África e a costa oriental da América do Sul. A Pangéia teria se dividido em dois continentes: Laurasia (America do Norte e Eurásia) ao norte e Gondowana (América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia), assim as divisões foram se sucedendo até o que é atualmente; Teoria das placas tectônicas surgiu após a deriva dos continentes. Afirma que os continentes se separaram devido ao movimento das placas tectônicas que estão em cima das atmosferas (substrato pastoso).
A estrutura interna da Terra é constituída por: crosta (com materiais mais leves, as rochas e os minerais – é a Litosfera); o manto (que é a camada intermediária) e o núcleo (com os materiais mais densos).
A espessura média da crosta varia de 5 a 10 km para a ocorrência e entre 25 a 5 km para a continental, sendo que sob as cordilheiras, como as do Himalaia, esta espessura pode atingir até 100 km. Estas camadas de crosta mais uma porção rígida do manto superior sobposta constituem a Litosfera.
A litosfera tem espessuras variadas, tendo como média 10 km. É composta por falhas e fraturas profundas em Placas Tectônicas. A distribuição dessas placas na Terra é ilustrada na figura:


Atualmente, a crosta terrestre é constituída por cerca de doze placas tectônicas, que ficam literalmente boiando em cima do magma pastoso. Há milhões de anos, quando se iniciou sua movimentação, devia haver menos placas. Ao moverem-se em vários sentidos, as placas acabaram se encontrando em determinados pontos da crosta e dando origem aos dobramentos modernos, aos terremotos, etc. A palavra tectônica deriva do radical grego tektoniké “arte de construir”. Assim, ao se movimentarem sobre o magma, desde o final da era Mesozóica, as placas acabaram por se “chocar” em certos pontos, o que determinou, ao longo de milhares de anos, alterações no relevo
Na faixa de contato entre as placas, seja na zona de formação, em geral nas dorsais oceânicas, ou de destruição, em geral no contato do oceano com o continente, a crosta é frágil, o que permite o escape de magma, originando os vulcões e, em função do atrito, há ocorrência de abalos sísmicos. As placas oceânicas são pesadas e densas e, tende a mergulhar sob as placas continentais, fenômeno conhecido como subducção, dá origem às fossas marinhas ou regiões abissais e ocorre onde há o encontro das placas.


Tipos de Limites entre placas litosféricas
Os limites das placas tectônicas podem ser de três tipos:
Limites Divergentes: marcados pelas dorsais meso-oceanicas, onde as placas tectônicas afastam-se uma da outra, com a formação de uma nova crosta oceânica.
Limites Convergentes: onde as placas tectônicas colidem, com a mais densa mergulhando sobre a outra, gerando uma zona de intenso magmatismo a partir de processo de fusão parcial da crosta que mergulhou. Nesses limites ocorrem fossas e províncias vulcânicas.
Limites conservativos: onde as placas tectônicas deslizam lateralmente, uma em direção á outra, sem destruição ou geração de crostas, ao longo de fraturas denominadas Falhas Transformantes.
É em torno desses limites de placas que se encontram a mais intensa atividade geológica do planeta, como sismos, vulcanismo e orogênese.

Que forças movem as placas tectônicas?
Sabemos qual o motor que faz as placas tectônicas se moverem, mas não sabemos explicar exatamente como os processos naturais fazem este motor funcionar. Entretanto, nos podemos modelar as causas dos movimentos e testar esses modelos com base nas leis naturais. O que sabemos é que a astenosfera e a litosfera estão intrinsecamente relacionadas. Se a esterosfera se mover, a litosfera será movida também. Sabemos ainda que a litosfera possui uma energia cinética cuja fonte é o fluxo térmico interno da terra, e que este calor chega à superfície através das correntes de convecção do manto superior. O que não sabemos com certeza é como as convecções do manto iniciam o movimento das placas.
De forma análoga este movimento de convecção ocorre no manto. Entretanto, a convecção no manto refere-se a um movimento muito lento de rocha, que sob condições apropriadas de temperatura elevada, se comporta como um material plástico-viscoso migrando lentamente para cima. Este fenômeno ocorre quando um foco de calor localizado começa a atuar produzindo diferenças de densidade entre o material aquecido e mais leve e o material circundante mais frio e denso. A massa aquecida se expande e sobe lentamente. Para compensar a ascensão destas massas de material do manto, as rochas mais frias e densas descem e preenchem o espaço deixado pelo material que subiu, completando o ciclo de convecção do manto.


A velocidade do deslocamento das placas tectônicas
Em media, a velocidade de movimento das placas tectônicas é considerada de 2 a 3 cm/ano, embora a velocidade relativa constatada entre algumas placas seja muito maior do que entre outras. Geralmente, as diferenças de velocidade estão relacionadas à proporção de crosta continental presente nas placas. As placas Sul-Americana e Africana mostram baixas velocidades, enquanto as placas com pouco ou nenhum envolvimento de crosta continental, como a do Pacífico, tendem a exibir velocidades maiores. Além disso, a velocidade das placas depende também da geometria do movimento da placa em uma superfície esférica.
As colisões entre placas tectônicas
O movimento das placas tectônicas produz ao longo de seus limites convergentes colisões que, em função da natureza a composição das placas envolvidas, irá gerar rochas e feições fisiográficas distintas. Nesse sentido, o choque entre placas litosféricas pode envolver crosta oceânica com crosta oceânica, crosta continental com crosta oceânica ou crosta continental com crosta continental.
Quando placas oceânicas colidem. A placa mais densa, mais antiga, mais fria e mais espessa mergulha sob a outra placa, em direção ao manto, carregando consigo parte dos sedimentos acumulado sobre ela, que irão se fundir em conjunto com a crosta oceânica em subducção. O processo produz intensa atividade vulcânica de composição andesítica, comumente manifestada sob a forma de arquipélagos, conhecidos como “Arco de Ilhas”, de 100 a 400 km atrás da zona de subducção. Na zona de subducção forma-se uma fossa que será mais próxima do arco de ilhas, quanto mais inclinado for o ângulo de mergulho.
A colisão entre placa continental e uma oceânica provocará a subducção desta ultima sob a placa continental, que, a exemplo dos arcos de ilha, produzirá um arco magnético na borda do continente, caracterizado por rochas vulcânicas de composição andesítica e dacítica e rochas plutônicas de composição principalmente diorítica e granodiorítica, acompanhado de deformação e metamorfismo tanto das rochas continentais pré-existentes como de parte das rochas formadas no processo.
O choque entre placas continentais pode ocorrer após o processo colisional do tipo Andino, onde a continuidade do processo de subducção da crosta oceânica sob a crosta continental leva uma massa continental ao choque com o arco magnético formado inicialmente. Quando os dois continentes colidem, a crosta continental levada pela crosta oceânica mais densa mergulha sob a outra. Este processo não gera vulcanismo expressivo, mas produz intenso metamorfismo de rochas continentais pré-existentes e leva à fusão parcial de porções da crosta continental gerando magnetismo granítico.
Margens continentais
Como conseqüência da tectônica de placas, os continentes fragmentam e juntam-se periodicamente ao longo do tempo geológico. As evidências geológicas destas aglutinações e rupturas são encontradas em áreas de margens dos continentes atuais ou que foram no passado geológico e hoje se encontram saturada no meio dos continentes.
Margens Continentais Ativas: situadas nos limites convergentes de placas tectônicas onde ocorrem zonas de subducção a falhas transformantes, nestas margens estão em desenvolvimento atividades tectônicas importantes, como por exemplo, formação de cordilheiras, no processo chamado de erogênese. Na América do Sul, o exemplo de margem continental ativa é a costa do Pacífico, onde a Cadeia andina encontra-se atualmente em desenvolvimento. As margens continentais ativas constituem os ambientes geológicos onde se formam mélanges e ofiolitos, que irão compor o denominado prisma de acresção de um arco. Este prisma acrescionário é composto por rochas basálticas e sedimentos provenientes da raspagem da parte superficial da placa oceânica descendente, que foram adicionadas ao arco.
Margens Continentais Passivas: Desenvolvem-se durante o processo de formação de novas bacias oceânicas quando da fragmentação de continentes. Este processo é denominado de rifteamento, palavra proveniente do termo geológico em inglês Rift Valley, que significa um vale de grande extensão formado a partir de um movimento distensivo na crosta, que produz falhas subverticais e abatimento de blocos. Este processo inicia-se com o aumento pontual do fluxo térmico do manto, que ira causar o soerguimento e abaulamento da crosta continental sobre este ponto, eventualmente provocando o fraturamento e extrusão de rochas máficas. Com a subseqüente instalação de correntes de convecção no manto subjacente a esta região, inicia-se um processo distensivo gerando falhamentos normais e o desenvolvimento de estruturas do tipo rifty valley. Com a continuidade do movimento distensivo, ocorre o adelgaçamento da crosta continental até que finalmente ocorra a ruptura desta crosta e o desenvolvimento de uma crosta basáltica oceânica incipiente. Um novo oceano começa a se formar. À medida que o processo distensivo continua, a crosta oceânica e o oceano vão também aumentando. Ao longo das margens adelgaçadas dos continentes ocorre a movimentação tectônica de blocos, caracterizada principalmente, por sistemas de falhas subverticais.



Referencias Bibliograficas:
Disponível em http://an.locaweb.com.br/Webindependente/ciencia/terramov.htm acessado em 18/09/2009-20h19min
http://www.colegioweb.com.br/geografia/placas-tectonicas acessado em 18/11/2009-19h40min
Decifrando a terra
Orgazadores: Wilson Teixeira, M. Cristina Motta de Toledo,Thomas Rich Fairchild,Fabio Taioli Sao Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

http://www.miniweb.com.br/geografia/Artigos/geologia/Apostila%20Provao%20Geografia%20Ens-Medio.htm acessado em 09/11/2009-19h30min
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/espaco-geografico.htm acessado em 09/11/2009-19h50min
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_geogr%C3%A1fico acessado em 09/11/2009-20h05min

Integrantes do Grupo:Édina,Luma,Jessica Kerckoff e Natali

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